Atenção pais!!!
Crises de Birra – O que fazer?
As crises de birra são caracterizadas por um comportamento
explosivo, tempestuoso, em que a criança chora, grita, dá
pulinhos
no mesmo lugar, esperneia, joga-se e espoja-se no chão,
dá socos, pontapés, joga objetos.
As crises surgem a partir de um ano de idade, porém,
mais frequentemente, a partir do segundo ano.
Antes alegres, sorridentes, simpáticas, agradáveis, essas
crianças, de um momento para outro, passam a ter essas
reações frente a negativas ou exigências feitas pelos
pais ou familiares, para intimidá-los e conseguir seus
objetivos.
A frequencia das crises está relacionada com a atitude
tomada pelos adultos. Se os pais se intimidam – já que a
finalidade única é submetê-los aos desejos e às vontades
dos filhos –, com receio de prejudicá-los ou
aumentar seu sofrimento, provavelmente as crises
se repetirão e serão mais intensas quanto maior for a
preocupação dos pais. Alguns desses episódios são
de tal intensidade que são denominados de
“reações catastróficas”, deixando os pais pasmos,
perplexos, impotentes e apavorados.
Frequentemente, os pais deixam de tomar uma
atitude firme por vários motivos, que vão desde
pensar que a criança possa sofrer algum dano físico
ou emocional, por respeito ao vizinhos, para evitar
que pensem que o filho esteja sendo espancado, ou até
por comodismo. Às vezes, os pais enfrentam a batalha e
tentam resolver “na raça”, o que também não dá certo.
Então, o que fazer? Em primeiro lugar, convencermo-nos
de que a birra não acarreta nenhum dano físico, mental ou
emocional à criança; que ceder a seus caprichos é tão
nocivo quanto reprimir o episódio com violência; que será
bom manter uma atitude de tranqüilidade, às vezes
até de indiferença, que demonstre à criança que ela não
irá conseguir o que deseja usando esse tipo de artifício;
que deverá ficar com a criança durante a crise alguém
capaz de não interferir no processo, mantendo uma atitude
calma e tranqüila; que, em hipótese alguma, a criança
poderá sofrer agressões físicas (tapas, palmadas, beliscões),
receber jatos de água fria, ser repreendida com gritos e
ameaças; que a contenção só deverá ser usada em casos
de risco, que são muito raros, tomando-se o cuidado de
explicar-lhe em tom manso e carinhoso, por que estão
sendo restringidos seus movimentos.
Quando estamos bem equilibrados, seguros de que amamos
nossos filhos e os tratamos bem, torna-se fácil controlá-los,
usando como armas o afeto, o carinho e a firmeza. Quando
começam a choramingar, devemos dizer “nada de choro!”,
em tom firme, porém sem raiva. Temos de ensinar-lhes
que choro contumaz e birra não vão levar a nada e que
seria melhor que eles poupassem o fôlego e a saliva.
Embora o choro de malandragem, para conseguir as
coisas, seja facilmente reconhecido, é preciso não esquecer
que existem doenças que tornam as crianças mais choronas.
Nos raros casos de dúvida, o pediatra deverá ser consultado.
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