segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pais Responsáveis ou Padrinhos Mágicos?



Pais Responsáveis ou Padrinhos Mágicos?

A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, (...), a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social,  em condições de liberdade e de dignidade.
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar,  com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes.

Estatuto da Criança e do Adolescente, de 13/07/1990

Todas as grandes questões em debate atualmente no nosso país se relacionam de alguma forma com as crianças. Pedofilia, trabalho infantil, educação de qualidade etc. são alguns itens da agenda.

Se há motivos para comemorar, há outros tantos para lamentar, especialmente quando as iniciativas não saem do papel e do mundo das boas intenções, como também, e infelizmente, quando são contra a criança, embora travestidos de pró-infância.

Neste contexto social, nossos filhos particularmente devem ser o foco do nosso maior investimento. Eles precisam estar no centro da nossa atenção, mas não podem “sentar no trono”, lugar de poder e de controle. São os pais, os agentes ativos na criação amorosa e exigente dos filhos, que precisam cuidar, amar, ensinar e disciplinar filhos em nome do Criador.

A Bíblia tem muito a dizer para nós, pais e filhos, sobre o dever inalienável da família cristã de vivenciar relacionamentos sadios e frutíferos para a glória de Deus. Nem o Estado, nem a Escola são comissionados por Deus para criar os filhos da Aliança.

A partir dos princípios bíblicos e tomando por empréstimo algo da psicologia do desenvolvimento e da sistêmica, pode-se dizer que no “subsistema parental, pais e filhos tem deveres bem definidos”,

O que é exigido dos Pais é:

·         Criar os filhos com exemplo e instrução baseada em princípios divinos –    “tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás”
·         Disciplinar com amor preventivamente e também quando errarem – “criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”                                                                                                                                                
·         Respeitar os filhos como indivíduos – “não provoqueis os filhos à ira”

E aos Filhos o que Deus ordena é

·         Honrar pai e mãe – “obedecei a vossos pais no Senhor”
·         Obedecer “ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. Filho meu, atenta para  as minhas palavras;  aos meus ensinamentos inclina os ouvidos.”

Este binômio – amor e disciplina – é retratado, ainda que parcialmente, pelo psiquiatra Içami Tiba, no best-seller “Quem ama, cuida”:

Os pais podem dar alegria e satisfação a um filho, mas não há como lhe dar felicidade.
Os pais podem aliviar sofrimento, enchendo-o de presentes, mas não há como lhe comprar felicidade.                                                                      
Os pais podem ser muito bem sucedidos e felizes, mas não há como lhes emprestar felicidade.
Mas os pais podem aos filhos dar muito amor, carinho, respeito.
Ensinar tolerância, solidariedade e cidadania,
Exigir reciprocidade, disciplina e religiosidade,
Reforçar a ética e a preservação da terra.
Pois é de tudo isso que se compõe a auto-estima.
É sobre a auto-estima que repousa a alma.
E é nessa paz que reside a felicidade

Assim sendo, a arte ser Mãe e de Ser Pai é Educar os Filhos para que se tornem afetivamente autônomos, financeiramente independentes, eticamente responsáveis e, principalmente, espiritualmente maduros e frutíferos para glória de Deus.

Com carinho,

Rev. Robinson Grangeiro Monteiro
Pastor da Igreja Presbiteriana de Tambaú
(www.iptambau.org.br)

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