quarta-feira, 29 de agosto de 2012


A cruz 
 1º Cor 1:18-29 

O mundo hoje perdeu os seus valores. É o mundo do relativismo, da secularização. Não existe uma verdade absoluta e coloca-se Deus em 2º plano. Reduz-se Deus aos recintos de uma congregação e fora dela Deus nada tem a ver como o que faço, tanto no trabalho, no lar, na rua, no lazer etc. Estamos cada vez mais próximo do mundo e o mundo mais próximo de nós. A pergunta é: Onde está Deus? Será que Deus ocupa o 1º lugar em nossas mentes? No mundo temos pessoas, coisas e Deus. Se invertermos a ordem diremos que o mundo se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, pois, adorar a Deus amar as pessoas e usas as coisas.

A Bíblia nos ensina em Mateus 6:33 que devemos primeiro buscar o Reino de Deus e a sua justiça e todas as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos intensificar o nosso relacionamento com Deus. Não devemos desistir de esperar Nele, pois Ele é poderoso para trazer a existência coisas que não existem, para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme seu poder que opera em nós. (Efésios 3:20).

Na vida teremos tribulações, lutas, infortúnios, tempestades, mas Deus, Emanuel está conosco. O coração turbado é a coisa mais comum do mundo. Todas as pessoas de todas as classes sociais, de todas as idades e credos religiosos sabem o que é um coração turbado, um verdadeiro assaltante de nossa alma. O próprio Jesus passou por isso.

Se olharmos para a bíblia veremos que a cruz de Cristo é pré-histórica. Deus na sua onisciência e sabendo que por um só homem o pecado entraria no mundo, e pelo pecado, a morte, que passaria a todos os homens, como está escrito em Romanos 5:12, preparou de antemão um plano de Salvação: A Cruz.

A cruz estava incrustada no coração de Deus antes da fundação do mundo e o calvário não foi um acidente, mas um plano divino para a salvação. Cristo veio ao mundo para morrer não como mártir, mas deu sua vida voluntariamente. Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29 ) É o pastor que dá vida pelas ovelhas (João 10:11 ).

Cristo foi para a cruz não apenas porque os judeus O entregaram por inveja, não apenas por que Judas O traiu, não apenas porque Pilatos O condenou por covardia. Jesus foi para a cruz por que o Pai O entregou por amor. Jesus se entregou a si mesmo por nós pecadores. O sofrimento vicário de Cristo nos salvou e nos libertou da morte. Tragada foi a morte pele vitória. Onde está ó morte, a tua vitória? Onde está ó morte o teu aguilhão? (1º Coríntios 15:54.55 ).

A bíblia descreve o nosso pecado como dívidas que somos incapazes de pagar por nós mesmos. É uma dívida infinita, um crime que se comete contra Deus e que rompe o nosso relacionamento com Ele. Deus enviou Jesus que de boa vontade morreu por mim, morreu por nós.

Jesus foi condenado pelo Estado e pela religião. Foi acusado, julgado, sentenciado e condenado à pena de morte e morte de cruz. Foi acusado de impostor, pois não entendiam os seus ensinamentos, foi acusado de usar indevidamente o nome de Deus; que era um lunático etc. As testemunhas que O acusaram foram subornadas e a condenação foi o maior erro judicial da história da humanidade. Acusaram-No de perturbador da ordem pública, de sedição política; colocaram-No contra o Estado, contra Roma e contra César. Acusaram-No de querer ser rei dos Judeus e essa acusação foi pregada na cruz em três idiomas: Hebraico a língua da religião; Grego a língua da filosofia e o Latim língua da lei romana. Na Epígrafe lia-se: Este é o Rei dos Judeus (Lucas: 23:38). Tanto a religião como a filosofia e a lei se uniram para condenar Jesus, mas Ele fez da cruz um instrumento para salvar a humanidade.

Na páscoa enquanto Jesus participava da última ceia disse:( Marcos 14:25). Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Deus. Jesus estava se despedindo de seus discípulos. Aquela era uma quinta-feira do Getsêmeni, a quinta-feira do suor e sangue, a quinta-feira da traição de Judas, a quinta feira da negação de Pedro, a quinta-feira da prisão de Jesus. Sofrimento, dor, e traição. Os discípulos estavam tristes, sentiam-se abandonados, estavam envergonhados, perplexos, vacilantes na fé, e acima de tudo angustiados por verem seu mestre diante das aflições, açoites, torturas.

Cristo foi desamparado na cruz, desamparado pelo povo que O seguia, pelos líderes que conheciam a sua palavra, pelos apóstolos e, sobretudo, desamparado pelo próprio Pai. O universo inteiro se contorceu de dores, o sol escondeu seu brilho, as trevas inundaram a terra. Cristo se fez maldição por nós.

Jesus na cruz proferiu palavras de:

1- Perdão – Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem. (Lucas 23:34)

2- Salvação – Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lucas23:43)

3- Afeição – Mulher eis ai o teu filho (João 19:26 ).

Jesus em sua agonia proferiu palavras de desespero e desamparo quando bradou em alta voz: Deus meu, Deus meu porque me desamparaste (Mateus 27:45). Desamparo e agonia são símbolos do próprio inferno. Foi neste momento de sofrimento e dor inimaginável que bebeu o cálice da ira de Deus por nós. O cordeiro de Deus estava sendo imolado pelos pecados do mundo. Jesus cumpriu na cruz o que Deus Pai havia de antemão preparado, ou seja, o plano da redenção, a remissão dos pecados, libertando-nos do império das trevas (Col 1:13 ).

Hoje, judeus e gentios, livres ou cativos, gregos ou troianos têm acesso a Deus por meio de Jesus Cristo. Não precisamos de mediadores, pois temos o nosso mediador maior Jesus Cristo, Emanuel, o Deus conosco. Precisamos de Fé, a fé que olha para Jesus e não para a tempestade, a fé que triunfa nas tribulações. Precisamos descansar no seu poder, na sua sabedoria, na sua providência e no seu amor por nós. Não precisamos baixar a cabeça, mas olhar para a recompensa final: a glória, o céu.

Os sofrimentos dos tempos presentes não podem ser comparados com a glória de estarmos frente a frente com Jesus. O céu é o nosso destino final. A morte não é o fim, pelo contrário, é o princípio da vida espiritual. Aqui neste mundo somos estrangeiros, mas no céu estaremos na casa do Pai, lugar de segurança, onde não entra a maldição, onde somos aceito pelo que somos e não pelo que temos. Lá ouviremos: Vinde benditos de meu Pai, entrai na posse do Reino.

Em 1º Coríntios 15:54 diz: E quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pele vitória . Onde está ó morte a tua vitória? Onde está ó morte o teu aguilhão?

Vivemos neste mundo com a certeza que um dia Jesus virá buscar a sua Igreja, Ele prometeu: Voltará visivelmente e todos os olhos o verão e todos os joelhos se dobrarão. Neste momento, num abrir e fechar dos olhos, ao ressoar da última trombeta os mortos serão ressuscitados incorruptíveis e seremos transformados. Encontraremos Jesus nas alturas e o veremos, não aquele Jesus descrito em Isaias 53 que diz: Não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era o mais desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer, era desprezado e dele não faziam caso. Veremos sim, o Jesus descrito em Apocalipse 1:9.12 – Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltando vi sete candeeiros de ouro e no meio dos candeeiros um semelhante ao filho do homem, com vestes talares e cingido a altura do peito, com uma cinta de ouro. A sua cabeça e cabelos eram brancos como a alva lã, como a neve, os olhos como chama de fogo, os pés semelhante ao bronze polido, como que refinado em uma fornalha, a voz, como voz de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da sua boca saia-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força.

Concluo dizendo o que está escrito em Apocalipse 5:13 – Àquele que está sentado no trono e ao cordeiro, seja o louvor e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém. MARANATA.


By Marilia Luna

Nenhum comentário:

Postar um comentário