segunda-feira, 11 de julho de 2011

Aos pais....


O que há na casa: pai ou genitor? Pai e genitor não são, necessariamente, a mesma coisa. A tendência atual é esquecer essa distinção e confundir os papéis.
     Genitor é aquele que gera. Se um ser humano foi gerado, é porque um homem deu sua contribuição. Há um voluntarismo masculino para abraçar o papel de genitor. Como relacionamento sexual produz criança, há muitos genitores por aí. Essa função os animais também cumprem muito bem.
     Mas, pai é muito mais que genitor. O pai ocupa a posição assumida por um homem na sua dimensão espiritual, resultante do fato de ser uma criatura especial de Deus neste universo. Ser pai envolve compromisso de vida e um relacionamento único com os filhos. Pai é o que, gerando ou adotando, assume o cuidado e a responsabilidade pela vida dos filhos. Ele responde pela formação moral e pela provisão da criança e suas necessidades.
     Pai é o que provê materialmente para seus filhos. Ele sabe quanto custa cuidar de uma criança e procura fazer o melhor que pode. Ele não abandona a criança ou deixa para a mãe carregar sozinha essa responsabilidade. Ele não precisa de juiz para estabelecer pensão para o filho e muito menos enfrenta cobrança judicial, ou até a cadeia, por faltar com essa responsabilidade.
     Pai é aquele que transmite ao filho a direção e convicção moral.  Ele não permite que a televisão roube seu lugar na educação de seu filho. Ele sabe a diferença entre o certo e o errado, por isso é convicto em seus princípios e assim molda seu filho. Ele ensina ao seu filho os princípios básicos que preservam a dignidade e respeito tanto do próprio filho como dos familiares e dos estranhos.
     Pai é aquele que honra a aliança com a mãe de seus filhos. Ele é respeitoso e fiel e, no que depende dele, o casamento permanece. Assim fazendo, ele transmite aos filhos uma identidade sexual e comportamento social saudável.  Ele ensina seu filho, por palavras e exemplos, no seu matrimonio e fora dele, que a mulher não é um objeto a ser explorado pelo homem; ensina que a mulher é um ser humano a ser amado na dignidade do compromisso. E ele ensina a sua filha, através de suas palavras e exemplo, que nem todos os homens são desonrosos e que ela não precisa ter aversão a eles, podendo então, com sabedoria,  buscar realizar-se matrimonialmente; ensina que ela também não precisa ser leviana, desvalorizando ou mercadejando sua humanidade, para se sentir aceita e satisfeita. Esse pai é carinhoso, não formando uma filha carente, desesperada por homem, que se joga a relacionamentos fortuitos e precoces.
     Pai é aquele que, convicto de seus valores morais, disciplina e ensina seu filho o caminho que deve andar. Seu filho não precisa ser corrigido pelas autoridades ou sociedade. Seu filho não é o tormento da cidade, vizinhança e nem é a tristeza da família.     Pai é aquele que tem tempo para seus filhos. Para ele filhos não são responsabilidade exclusiva da mãe. Ele reserva horas e dias para estar com seus filhos. Ele procura diariamente dar atenção, amor e disciplina para seus filhos.
     Pai é aquele que conhece e aponta o caminho superior. Ele sabe que a vida é muito mais do que “ter” e “fazer”, bem como sabe que a vida não se define pelo “aqui e agora” apenas. Ele sabe que há um valor eterno que nos dá a verdadeira direção e razão para viver. “Pais, não irritem seus filhos, antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor.” (Efésios 6:4). Há pai na casa?

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