sexta-feira, 22 de julho de 2011

Deficiência visual..no meu filho?!

Superproteção
A deficiência visual, como qualquer outra, não deve se tornar um pretexto para privilégios na educação da criança. "Os pais têm de tomar cuidado para não superproteger esse filho. Ele deve ser estimulado a ser uma pessoa independente", afirma a psicóloga Solange. É importante ensinar o deficiente visual a ser organizado, para que possa, sozinho, guardar as coisas no lugar e depois achá-las. E vale o mesmo para a casa. "Não se deve deixar objetos espalhados pelo chão, pois a criança pode cair e se machucar. E, caso seja feita uma mudança na disposição dos móveis, os pais não podem esquecer de mostrá-la ao filho", ressalta Solange.
Brincar com outras crianças também é um estímulo fundamental para o deficiente visual desenvolver sua coordenação motora e os outros sentidos. E é nessa convivência que ele aprende também, como qualquer outra criança, a respeitar os colegas, as regras e a dividir seus brinquedos.


Como ajudar o deficiente visual •Envolva-o desde cedo nas atividades da casa, para que ele conviva com as pessoas e aprenda sobre os objetos.
•Eduque e estimule seus outros sentidos (tato, audição, olfato e paladar) para que ele aprenda
a reconhecer tudo o que não pode ver.
•Faça com ele todos os movimentos, como juntar as mãos, firmar a cabeça, agarrar objetos, andar, comer, vestir, tomar banho, brincar. É assim que ele ganha autonomia para se locomover e aprende a ser independente.
•Se possível, deixe-o ter contato com pequenos animais. É mais um estímulo sensitivo, além de uma ligação de afeto.
•Sempre que puder, leia para ele.
•Ajude-o a fazer os gestos e as expressões faciais corretos. Dê-lhe brinquedos que usem o sistema braile, preparando-o para esse aprendizado.
•Converse muito com ele. Conte-lhe tudo o que está acontecendo, diga-lhe os nomes dos objetos, dos sentimentos e das pessoas.

De olho no filho
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população mundial de deficientes visuais é de cerca de 190 milhões de pessoas, a maioria com baixa visão. Em 80% dos casos, a deficiência poderia ser evitada por prevenção ou tratamento.

Os sinais do problema podem ser observados desde os primeiros meses de vida: •O bebê não consegue fixar o olhar em objetos próximos.
•Quando começa a engatinhar e depois a andar, esbarra ou tropeça muito nos móveis e objetos.
•Franze a testa para ver algo, coça e aperta muito os olhos, tem lacrimejamento excessivo.
•Não tolera luminosidade, fechando os olhos em ambientes mais claros, ou fica sempre com a cabeça abaixada para evitar a luz.
•Fica muito perto da TV, dos cadernos ou dos livros.
•Apresenta desinteresse pela leitura e dificuldades na escola.Reclama de dor de cabeça, após a aula ou período de leitura.

Principais causas •Toxoplasmose congênita (adquirida na gestação e prevenida no pré-natal) •Catarata congênita (geralmente causada por rubéola na gestação e tratada com cirurgia) •Glaucoma congênito (deve ser tratado com cirurgia e/ou medicamentos; não tratado, a perda visual é rápida) •Doenças degenerativas da retina (levam à baixa visão ou à cegueira; não há tratamento) •Atrofia do nervo óptico (pode ser hereditária ou estar relacionada a problemas neurológicos) •Retinopatia da prematuridade (em mais de 90% dos casos há regressão espontânea, com pequena perda visual; em outros, a perda é alta).

Reabilitação, apoio e educação •Laramara (SP): (11) 3660-6400
•Instituto de Cegos da Bahia (BA): (71) 241-1044/242-1073
• Sociedade de Assistência aos Cegos (CE): (85) 281-6111
•Centro de Ensino de Deficientes Visuais (DF): (61) 345-3027/7963
•Associação dos Deficientes Visuais de Goiás (GO): (62) 212-0000/4187
•Instituto de Cegos (PE): (81) 3231-0936/3421-1669
•Centro de Estimulação Visual e Apoio Pedagógico (SC): (47) 328-2089
• Associação dos Deficientes Visuais do Paraná (PR): (41) 349-1101
•Conselho Mundial de Pais e Amigos do Deficiente Visual: (11) 3660-6418

Doação de córnea A deficiência visual causada por problema na córnea pode ser corrigida com um transplante. Cerca de 17 mil pessoas estão na fila de espera por uma córnea. "Desse total, 15% a 20% são crianças", afirma o oftalmologista Elcio Sato, diretor da Associação Pan-Americana de Bancos de Olhos (Apabo). "Todos deveriam pensar na possibilidade de ser um doador. Qualquer pessoa pode ser, independentemente da idade ou de deficiências visuais como miopia, astigmatismo e hipermetropia", informa Sato. Para doar,
consulte a Associação Pan-Americana de Bancos de Olhos (Apabo), /Fax: (21) 2539-6345;
 e-mail: apabo@uninet.com.br.

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