domingo, 20 de novembro de 2011

O NATAL DO RUIM

  • NATAL DO RUIM - Teatro Cristão Peça cômica, porém muito comovente. 

A história do menino que nasceu num lar atribulado, foi rejeitado por sua família e chamado de  Ruim.
 

Quando jovem se torna marginal, é evangelizado, porém rejeita a Palavra.
 

Após um confronto com a polícia, Ruim tem um encontro com o próprio Jesus na noite de Natal.

 
CENA 1
Uma residência pobre, penumbra no palco. Um homem esta jogado, como bêbado, sobre um velho sofá.
Uma mulher com uma criança de colo, chega na casa.
(Mãe) – João. – ela grita com o homem
O homem continua deitado, alheio a tudo.
(Mãe) – João, seu miserável, você nem para me buscar na
maternidade. Como alguém pode ser assim desprezível.
O homem permanece em silêncio.
ATORES:
Ruim --
Jesus --
Mãe -- _________________________
Pai -- _________________________
Débora -- _________________________
Marta -- _________________________
Policial 1 - _________________________
Policial 2 - _________________________
Policial 3 - _________________________

(Mãe) – Seu bebum... Seu porco miserável... Nem foi ver seu filho...

Ele se levanta cambaleante e resmunga:

(Pai) – Nem mesmo sei se realmente sou o pai desta criança.

A mulher coloca o neném sobre o sofá e grita:

(Mãe) – Claro que você é o pai seu safado .

(Pai) – Quem garante?

(Mãe) – Eu garanto seu bêbado. Nem mesmo você quer ver seu filho.

O homem se aproxima do recém nascido, olha durante alguns segundos e diz:

(Pai) – Ele é feio e tem cara de ruim... Não pode ser meu filho.

(Mãe) – Ruim! Você não presta mesmo. Nunca prestou e nunca vai prestar para nada.

(Pai) – Não quero ouvir isso... Não gosto de você e não quero esta criança feia.

(Mãe) – Saia daqui seu monstro, saia desta casa e não volte nunca mais... Nunca mais... Desapareça seu pinguço....

O homem vai embora resmungando e cambaleando.

A mãe se aproxima da criança e olhando para ela, diz:

(Mãe) - Não sei por que você venho a este mundo. Eu já tinha tantos problemas. Você é apenas mais um problema... mais um

problema... um problema...

A mãe começa a chorar, e continua entre as lágrimas:

(Mãe) – Nem mesmo um nome você tem... Nem mesmo um nome... Seu miserável pai tem razão, você tem cara de ruim... E sua vinda a este mundo foi ruim para todos. Vou chamá-lo de... de Ruim... Sim!

Ruim será o seu nome... pois você tornou minha vida pior do que ela já era. Ruim... Gostou neném? Ruim...

 

A mulher começa a rir de forma insana.

Apagam as luzes.

 

CENA 2

(Narrador) – Vinte anos depois... Ruim já não é mais um bebe, ele cresceu e é um homem... Seu pai nunca mais apareceu depois

daquele dia, Ruim nem mesmo sabe o nome do pai. O menino, viveu uma infância de violência, desprezo e falta de amor. Sete anos depois de seu nascimento, a mãe se suicidou, pois não suportava a vida. O menino foi para um orfanato e o juiz de menores mudou seu nome para Ricardo. Mas nunca o chamaram de Ricardo, seu nome era Ruim, todos o conheceram como Ruim, era o nome que a mãe havia lhe dado e Ruim ficou. Vinte anos depois Ruim se tornou... Um homem realmente ruim.

Um homem entra correndo pelo salão... ele olha para trás como se estivesse fugindo de alguém. Ele para em frente ao palco e cai cansado no chão.

(Ratinho) – Socorro... Alguém me ajude... Ele vai me pegar...

Um outro homem entra correndo pelo salão com uma arma na mão. Ele vai na direção de Ratinho (o homem caído em frente ao palco)

(Ratinho) – Não... Ruim... Eu não agüento mais correr.

Ruim se aproxima de Ratinho e coloca a arma em sua cabeça.

(Ratinho) – Ruim... espere... eu vou pagar você.

(Ruim) – Ninguém engana o Ruim...

O homem argumenta desesperado:

(Ratinho) – Eu sei Ruim. Eu fui um idiota. Ruim... eu peço desculpas... me dê outra chance.

(Ruim) – Ninguém engana o Ruim.

(Ratinho) – Perdoe-me... por favor... me dê outra chance.

(Ruim) – Você sabe por que me chamo Ruim? Porque eu sou ruim, sempre fui e sempre serei.

(Ratinho) – Eu sei... você é ruim... mas... eu imploro desculpas.

(Ruim) – Tudo bem! Você é um covarde. Não mato covardes. Está desculpado.

Ele começa a rir e agarra as pernas de Ruim:

(Ratinho) - Obrigado! Muito obrigado!Eu sabia que você não era tão ruim assim.

(Ruim) – Escolha uma perna, a direita ou esquerda?

(Ratinho) – O que?

(Ruim) – Escolha uma perna, a direita ou esquerda?

(Ratinho) – Mas você disse que havia me perdoado.

(Ruim) – Perdoei. Você não vai morrer. Agora escolha uma perna.

(Ratinho) – Ruim, por favor, não!

(Ruim) – Esquerda ou direita?

(Ratinho) – Não!

Ratinho começa a chorar e implorar.

(Ruim)- Demorou para escolher... Então vai nas duas pernas.

Ruim dá dois tiros, um em cada perna. Ratinho grita desesperado de dor.

(Ratinho) – Você é ruim... maldito Ruim.

Ruim se vira e vai embora, sem demonstrar alegria ou tristeza.

CENA 3

As luzes se apagam, fica apenas um refletor vermelho sobre Ruim no palco. Ele se senta, no canto do palco e fica olhando para o infinito.

(Ruim) – Como eu posso ser tal... ruim. Parece que minha maldade não tem fim. Não sei por que não morro logo. Qual o sentido de minha vida. Por que alguém como eu deve continuar existindo.

As luzes se acendem e entram duas moças, elas param ao lado do palco.

(Débora) – Olhe aquele rapaz... Vamos evangeliza-lo?

(Marta) – Você está louca? Aquele é o Ruim.

(Débora) – Ruim?! Isso é nome de gente?

(Marta) – Não sei se é nome ou apelido, a questão que sua fama é pior que o nome. Ele é um dos piores bandidos da região.

(Débora) - Mas Jesus veio para ele também.

(Marta) – Débora, você está realmente doida... eu estou dizendo que ninguém se aproxima deste cara... nem a polícia... ele é um animal... ele não tem amigos... nem familiares... apenas muitos inimigos.

(Débora) – Mas amanhã é Natal. Jesus nasceu também para este jovem... Vamos falar de Jesus para ele.

(Marta) – Eu quero estar viva no Natal. Se você quer ir, vá sozinha. Mas depois não diga que não avisei.

(Débora) – Vamos comigo. Amanhã é Natal.

(Marta) – Nem morta... depois, o que podem pensar as pessoas que me virem falando com ele... vão pensar que estou usando dorgas ou virei bandida. Adeus!

Marta vai embora e deixa a amiga sozinha, Débora olha para os céus e realiza uma rápida oração. Depois se aproxima lentamente de Ruim.

(Débora) – Oi! Posso falar com você?

Ruim não responde, ignora completamente. Débora insiste:

(Débora) – Desculpe. Qual seu nome?

(Ruim) – Ruim! – ele responde com aspereza, tentando assustar a moça.

(Débora) – Ruim?! É seu apelido?

(Ruim) – Não é meu nome mesmo. Por que? Não gostou?

(Débora) – Não... nada disso... é que...

(Ruim) – É o que?

(Débora) – É diferente... apenas diferente. Meu nome é Débora.

Ele não responde, ignora novamente.

(Débora) – Amanhã é Natal. Você sabe o significado do Natal.

(Ruim) – É o dia que as pessoas que tem família e dinheiro se divertem, e os pobres se lamentam, porque não podem dar um presente para seus filhos que choram...

(Débora) – Não! O Natal não é presente, ou ceia apenas. O Natal significa o dia da vinda de nosso Salvador Jesus.

(Ruim) – Jesus!? Já entendi! Você é uma destas crentes que dizem que eu tenho o demônio no corpo. Pois saiba... eu não tenho demônio no corpo, sou muito pior que um demônio.

(Débora) – Não estou dizendo que você tem demônio, quero apenas dizer que amanhã é Natal e Jesus nasceu para você também.

(Ruim) – Jesus!? Deus?! Isso não existe! E mesmo que existisse – ele abaixa a cabeça - Minha mãe sempre me falou que sou ruim demais, que até Deus me odeia.

(Débora) – Deus não te odeia. Ele te ama. Te ama tanto que enviou Jesus para morrer na cruz por sua vida. Jesus te ama.

Ruim grita:

(Ruim) – Besteira! Vá embora antes que eu perca minha paciência e... você saberá por que me chamo Ruim.

Débora se afasta um pouco, assustada.

(Débora) – Ninguém é ruim demais para Jesus, seu amor é maior que nossas próprias maldades. Ele ama você. Deixe Jesus nascer em seu coração neste Natal, e.... seja feliz.

(Ruim) – Feliz!? Feliz!? Natal?! Sabe como eram meus natais quando eu era criança? Surras... orfanato... Febem... Assim foram meus natais. Enquanto você estava em sua igreja, com sua família, presentes e comida, eu apanhava ou batia. E você vem me falar de Deus... bondade. Esta noite de Natal você terá comida boa e amigos, eu terei apenas eu mesmo e talvez uma garrafa de pinga e drogas.

(Débora) – Mas Jesus ama você!

(Ruim) – Jesus! Onde ele está? Onde ele estava quando eu apanhava? Onde ele estava quando minha mãe me odiava e quando todos me odiavam? Fale para o seu Jesus vir conversar comigo. Quero saber onde Ele estava.

(Débora) – Ele estava ao seu lado.

(Ruim) – Ao meu lado?! Você é louca! Agora desapareça, antes que eu faça outra loucura.

(Débora) – Eu vou, mas... Feliz Natal... e espero que você encontre Jesus.

(Ruim) – Mande seu Jesus vir falar comigo. Fale para ele sentar aqui, ao meu lado... Agora desapareça. – ele grita – Vamos desapareça!

Débora se afasta, a certa distância, repete:

(Débora) -- Feliz Natal... e espero que você encontre Jesus

A luz se apaga novamente, e apenas o refletor vermelho ilumina Ruim.

(Ruim) – Natal! Deus! Jesus! Grandes mentiras! Esse mundo horrível é lugar apenas de dor. Apenas dor...

Apaga-se o refletor. Fecham as cortinas

CENA 4

Dois homens encontram Marta no corredor. São policiais.

(Policial 1) – Você viu um rapaz que todos chamam de Ruim?

(Marta) – Por que?

(Policial 1) – Ele atirou nas pernas de um homem.

(Marta) – Meu Deus... e a Débora está com ele.

(Policial 1) – Está onde?

Débora chega e se junta ao grupo.

(Marta) – Graças a Deus que você chegou. Estes polícias estão dizendo que aquele tal de Ruim atirou em um homem.

(Policial 1) – Onde vocês o viram?

(Marta) – Ali, no final daquela rua, próximo a viela.

(Policial 2) – Vamos pagá-lo agora.

Os policiais saem rapidamente.

As cortinas se abrem

(Policial 2) – Parado Ruim, é a policia.

Ruim se levanta apavorado, retira a arma da cintura e começa um tiroteiro. Um dos policiais cai ferido. Um tiro atinge ao lado do peito

de Ruim (sua camisa fica suja de sangue). Ruim deixa a arma cair no chão, mas consegue fugir para o fundo do salão. As luzes se apagam novamente.

 

CENA 5

Acende o refletor vermelho.

Com dificuldades, devido ao ferimento, Ruim caminha até a luz do refletor vermelho. Ele se senta e segura as próprias pernas.

(Ruim) – Droga! Estou ferido! E atirei em um policial. A policia vai me cassar como um animal. Vou morrer... Ruim, finalmente vai

morrer... – ele coloca a mão no ferimento - Como está doendo... Estou sangrando muito. Eu preciso de ajuda... mas quem?

Acende o refletor branco. Sentado, a uns dois metros de Ruim, está um homem, vestido de branco e com um capuz branco na

cabeça, não é possível ver seu rosto.

(Jesus) – Dói muito?

Ruim se assusta, ele tenta se levantar, mas a dor no ferimento o prende no chão.

(Jesus) – Não se assuste, não sou policial.

(Ruim) – Quem é você?

(Jesus) – Não sabe?

(Ruim) – Não! Vá embora... estou ferido, mas sou perigoso... sou ruim.

(Jesus) – Ruim!?

(Ruim) – Sim! Meu nome é Ruim. Agora desapareça e não me entregue para a polícia. Ou...

(Jesus) – Daqui a algumas horas é Natal.

(Ruim) – Natal? – Ruim lança uma gargalhada – Que dia para morrer.

(Jesus) – Nascer!

(Ruim) – O que???

(Jesus) – Nascer! Natal é dia de nascer, não de morrer.

(Ruim) - Nascer. Não me diga que você também acredita em Jesus, manjedoura, estrela de Belém. Não é hora para estas besteiras.

(Jesus) – Você não acredita?

(Ruim) – Não. Agora dê o fora, não está vendo que estou ferido... eu levei um tiro e toda a polícia deve estar atrás de mim. Eu vou

morrer.

(Jesus) – Você já está morto.

(Ruim) – Como? Já estou morto?

(Jesus) – As feridas de seu coração, as mágoas, traumas e revoltas mataram você a muitos anos atrás.

(Ruim) – O que você sabe da minha vida?

(Jesus) – Provavelmente mais do que você possa imaginar.

(Ruim) – Quem é você?

(Jesus) – Alguém com quem você disse que gostaria de conversar.

(Ruim) – Jesus?!?!?!

(Jesus) – Sim!

(Ruim) – Não acredito!

(Jesus) – Sim, dentro do seu coração você sabe que é verdade. Olhe pare seu coração, e diga que não sou eu.

Ruim pensa durante alguns segundo.

(Ruim) – A que devo a honra... o poderoso Jesus... esta aqui para zombar de minha morte?

(Jesus) – Não vim zombar... apenas estou ao seu lado, para conversar.

(Ruim) – Conversar?! O que você sabe sobre dores?

(Jesus) – Muito. Eu vi a sua dor quando saiu do ventre de sua mãe e foi rejeitado por seu pai. Eu vi seu choro infantil buscando o amor

que nunca encontrou em seus pais.

(Ruim) – Meu pai foi um maldito que nunca conheci.

(Jesus) – Eu tentei colocar amor no coração de seus pais mas eles não desejaram, eles me ignoraram.

(Ruim) – Tentou? Por que você não os forçou, você não é poderoso.

(Jesus) – Meu poder não se baseia na imposição, mas no amor. Eu chorei quando sua mãe o chamou de Ruim. Você não era ruim...

(Ruim) – Você chorou? Jesus chorou por mim? Do que me adiantaram suas lágrimas? Minha mãe me desprezou.

(Jesus) – Mas eu não desprezei. E quando você, ainda um bebezinho, chorou sozinho, eu acariciei seu rostinho e lhe disse: Você não é ruim. Você se lembra, olhe para o seu coração.

Ruim pensa novamente durante alguns instantes, depois responde:

(Ruim) – Sim... não sei como, mas é como se sentisse sua mão em meu rosto... mas minha mãe me desprezou até morrer. Você não

sabe o que é o desprezo. Você nunca experimentou o desprezo.

(Jesus) – Eu sei o que é o desprezo. Também fui desprezado quando estive neste mundo. E mesmo hoje, continuo sendo desprezado por muitos. Muitos, como você, desprezam meu amor.

(Ruim) – Não desprezei você. Eu nunca o conheci.

(Jesus) – Coloquei muitos de meus servos para falar do meu amor para você. Você sempre os desprezou e me desprezou.

(Ruim) – Como você pode dizer isso. Você não sabe o que ser abandonado por todos.

(Jesus) – Eu também já fui abandonado por todos. Quando fui levado a cruz, até meu discípulos me abandonaram e até Pedro me negou três vezes.

(Ruim) – E fome... você sabe o que é fome, sede, frio... Você sempre esteve alheio a tudo.

(Jesus) – Quando estive neste mundo, passei fome, sede e frio, não tinha casa e as pedras me serviam de travesseiro. Não fui rico e

não morei em um castelo. Lembre-se, eu nasci em uma manjedoura.

(Ruim) – Meu ferimento dói. Estou sangrando muito. Você sabe o que é dor? Você sabe o quanto incomoda a dor no corpo e na alma?

(Jesus) – Minhas mãos foram perfuradas, em minha cabeça colocaram uma coroa de espinhos, minhas costas foram rasgadas por chicotadas, bateram em mim, fui perfurado por uma lança e na cruz morri, em muito sofrimento físico. Sim! Eu sei o que é dor.

(Ruim) – Mas por que? Não tem sentido! Você é poderoso, por que você sofreu tudo isso? Para que? Explique! Cada vez entendo

menos.

(Jesus) – Por amor de você. Paguei o preço de seus pecados e iniquidade. Derramei meu sangue e entreguei meu corpo como

forma de pagamento, para que aqueles que aceitarem meu gesto, possam estar comigo e com o Pai eternamente. Eu sofri e morri por

você.

(Ruim) – Não... não... Eu não mereço... Sou Ruim... apenas Ruim... quem morreria por alguém ruim.

(Jesus) – Os sadios não necessitam de médico, mas os enfermos necessitam de médico. Eu vim e morri por todos... inclusive aqueles

que se julgam ruins.   

Ruim começa a chorar.

(Ruim) – Por que você não me procurou antes.

(Jesus) – Porque antes você não me queria e nunca me chamou. Nunca obrigarei ninguém a nada, o amor respeita... eu respeito.

(Ruim) – Eu vou morrer?

(Jesus) – Você já está morto. Todos aqueles que estão distantes de Deus estão mortos espiritualmente.

Ao fundo começa a tocar a música “Noite Feliz”.

(Ruim) – Ouça! Música de Natal. Eles estão comemorando o Natal. Estão comemorando sua vinda... Deixe-me... Vá estar com eles...

(Jesus) – Quero estar com você.

(Ruim) – Com o Ruim... ninguém quer estar com o Ruim...

(Jesus) – Eu quero. Quero estar eternamente com você. Foi por isso que paguei o preço na cruz do Calvário.

(Ruim) – Será que existe perdão para mim? Sempre me disseram que eu era um caso perdido.

(Jesus) – Sempre existe a oportunidade de perdão para aqueles que reconhecem seus erros, arrependem-se e pedem perdão.

(Ruim) – Mas muitos de meus pecados são terríveis.

(Jesus) – Nada é maior que o amor de Deus, nem seus pecados são maiores que o amor de Deus.

(Ruim) – Você me perdoa... por tudo o que fiz de errado?

(Jesus) – Você se arrepende?

(Ruim) – Sim. Nunca gostei das coisas que fazia. Na verdade, nem sei porque fazia.

(Jesus) – Eu te perdôo.

(Ruim) – O que é faço agora... sabe... para mudar de vida... para estar com você para sempre..

(Jesus) – Apenas aceite meu gesto de amor por você... aceite o meu gesto na cruz do Calvário. Aceite-me como seu Salvador.

(Ruim) – É simples assim?

(Jesus) – Sim.

(Ruim) – Eu aceito... aceito o seu amor... aceito o Senhor como meu Salvador.

Jesus estende os braços para Ruim. Ele vai e se abraça com Jesus

(sob a luz branca)

(Ruim) – Estou sentido algo de maravilhoso em meu ser.

(Jesus) – É Natal, tempo de nascer... Você nasceu para a eternidade.

(Ruim) – Pela primeira vez na vida, me sinto feliz no Natal.

Obrigado pelo Senhor ter nascido no Natal. Obrigado por tudo o que fez por mim. Eu nunca soube que existia uma amor assim. Na

verdade, nem mais acreditava na existência do amor... Obrigado.

(Jesus) – Vamos!

(Ruim) – Para onde?

(Jesus) – Para a casa de meu Pai.

(Ruim) – Agora?

(Jesus) – Agora.

(Ruim) – Eu não posso!

(Jesus) – Por que você não pode?

(Ruim) – Meu nome. Como você vai me apresentar para o Pai. Como Ruim... Meu nome é muito feio.

(Jesus) – Quando estivermos na presença do Pai... ele vai lhe chamar de filho... não de Ruim.

(Ruim) – Filho?!

(Jesus) – Nosso filho amado. Vamos filho?

(Ruim) – Vamos! – Ruim sorri

As luzes se apagam.

 

CENA 5

Acendem as luzes.

Dois policias se aproximam e observam um corpo no chão. Ruim esta morto.

(Policial 1) – Ele está morto. O Ruim morreu.

Uma linda música invade o ambiente.

(Policial 1) – Que música é esta?

(Policial 3) – É Natal... alguém está feliz...

(Policial 1) – Mas a música vem do céu.

Eles olham para os céus.

(Policial 3) – Alguém está feliz no céu.

Glórias a Jesus!

FIM

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