terça-feira, 15 de novembro de 2011

Orgulho dos filhos adultos


Médicos, advogados, professores ou qualquer outra profissão que seu filho venha a ter: você terá tanto orgulho dele na vida adulta quanto tem hoje, quando ele aprendeu a dar as primeiras pedaladas.

Eu sou uma verdadeira comemoradora e compartilhadora dos novos aprendizados e conquistas dos meus filhos. Desde a primeira vez em que firmaram os pescocinhos e ficaram encarando e observando o mundo, quando ainda eram molinhos de tudo, até os dias de hoje, quando já reconhecem letras e palavras, por exemplo.
No entanto, já me preocupei com como vai ser quando essa eterna fase de descobertas da infância vai acabar… Pois é, um dia, os meus filhos já terão adquirido todas as habilidades físicas e motoras possíveis. A primeira pedalada na bicicleta vai ser apenas uma memória. Coisa boa, é claro, mas será que nunca mais vou viver essa alegria e essa emoção de ver um filho fazer uma coisa nova e inédita pela primeira vez?
O que é que deixa um pai e uma mãe cheios de orgulho e felicidade quando os filhos se tornam adultos? No começo dessa semana tive uma consulta médica. A doutora mais indicada para as minhas queixas era uma amiga de infância, amizade que começou há uns 20 anos…Da turma do prédio, de jogar basquete no pátio, do bailinho no salão de festas, dos diários a 4 mãos que escrevíamos, coisa de melhor amiga mesmo, que fomos por muitos e muitos anos.
Mas a vida acaba afastando as pessoas, mesmo as muito queridas. Uma mudança de apartamento, interesses e turmas diferentes, as pessoas se afastam, é uma pena, mas é verdade. É verdade também que nunca perdemos contato e sabíamos sempre uma da outra, coisa de gente querida. É verdade também que as atuais redes sociais facilitam certos encontros e recebimento de notícias, coisas da vida moderna.
E lá fui eu, no consultório da minha amiga. Ela é uma médica, veste branco, me examinou, me explicou um monte de coisas, nomes difíceis que ela sabia tudo na ponta da língua, analisou os meus exames (mais nomes difíceis!), pediu novos exames (põe nome difícil aí!), carimbou uma receita médica com o número do CRM dela, ou seja, 20 anos depois, aquela minha amiga do prédio é uma médica.
Vocês têm noção do que é isso? Do conhecimento? Da dedicação? Da responsabilidade? Da importância? Do tamanho do orgulho do pai e da mãe dela? Da felicidade e da alegria que eles devem sentir por ter uma filha assim? Independente da escolha profissional, era com isso que eu me preocupava em não sentir mais com os meus filhos. Mas tive a certeza de que, apesar dos aprendizados e as conquistas mudarem drasticamente, eu vou sentir orgulho dos meus filhos eternamente!

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