domingo, 20 de março de 2011

Saúde

 

Olá meus queridos! Preparamos pra vocês alguns estudos sobre como identificar uma criança hiperativa e como lidar com ela em sua sala de aula. Eu sei que é muito difícil, mas podemos ter um grande aproveitamento com essas crianças.
A hiperatividade confunde pais, professores e médicos.
Se não for diagnosticada nem tratada adequadamente,
a doença vira tormento para a criança
e para quem vive em torno dela.

Hiperatividade é um termo corrente para um comportamento irrequieto, superexcitado e infeliz. Além da criança não conseguir fixar a atenção em uma atividade por mais de alguns minutos, os hiperativos sobem em móveis, falam compulsivamente, vivem perdendo material escolar e não suportam bem frustrações.

Ser mãe de um hiperativo é muito difícil, tem que conviver com uma criança que não responde ao que é ensinado, vive derrubando as coisas... é impossível não ficar irritada.

Nem toda criança que é agitada deve ser rotulada de hiperativa. A agitação pode ser resultado de problemas comportamentais ou manifestações de outras doenças graves, como autismo, hipertireoidismo e até depressão infantil.

Os sintomas da criança hiperativa aparecem, no máximo, até os sete anos.

Alguns sintomas do hiperativo:
- Dificuldade de organizar tarefas
- Descuido nas tarefas escolares ou em outras atividades
- Não consegue enxergar detalhes
- Dificuldade em se concentrar em tarefas ou brincadeiras
- Parece não ouvir o que lhe dizem
- Reluta em iniciar tarefa que exige grande esforço mental
- Perde com freqüência objetos de uso diário, como material escolar e brinquedos
- Distrai-se facilmente
- Inquietação constante
- Fala o tempo todo, começa a responder perguntas que ainda não foram completadas
- Tem dificuldade de esperar sua vez em jogos ou situações em grupo, interrompe a conversa dos outros

Crianças hiperativas podem apresentar melhora em seu comportamento e desenvolvimento pedagógico se algumas regras forem consideradas. Aí vão as sugestões da psicóloga Mônica Duchesne e do psiquiatra Ênio Roberto de Andrade:

. trabalhe com pequenos grupos, sem isolar as crianças hiperativas;
. dê tarefas curtas ou intercaladas, para que elas possam concluí-la antes de se dispersar;
. elogie sempre os resultados;
. use jogos e desafios para motivá-las;
. valorize a rotina, pois ela deixa as crianças mais seguras, mas mantenha sempre elevado o nível de estímulo, através de novidades no material;
. permita que elas compensem os erros: sutilmente, faça-as pedir desculpas quando ofenderem os colegas ou convença-as a arrumar a bagunça em classe;
. repita individualmente todo comando que for dado ao grupo e faça-o de forma breve e usando linguagem fácil de entender;
. peça a elas que repitam o comando, para ter certeza de que escutaram e compreenderam o que você quer;
. dê uma função oficial às crianças, como a de ajudante do professor; isso pode melhorar o relacionamento delas com os colegas e abrir espaço para que elas se movimentem mais;
. mostre os limites de forma segura e tranqüila, sem entrar em atrito;
. coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;
. oriente os pais a procurar um psiquiatra, um neurologista ou um psicólogo.
Para seguir os conselhos acima providencie os seguintes materiais e deixe-os sempre ao alcance dos alunos na sala de aula:

- Caixa com gibis e caixa com livros de histórias infantis
A criança hiperativa, quando faz uma atividade do começo ao fim, geralmente termina antes dos outros. Nesse caso, deixe que ela leia revistinhas ou livros, como forma de premiação. Mas certifique-se de que o aluno está realmente lendo e não fingindo que lê. Dê a ele atividades de leitura com responsabilidade.
Peça, por exemplo, que ele conte para os outros o que leu, o que achou legal na história, qual é o personagem mais engraçado, mais maluco, inteligente, diferente etc. Ou então peça para ele desenhar a história lida, o que vale tanto para gibis como para livros de histórias.
- Palavras cruzadas, jogos de trilha, atividades com figuras (jogo dos sete erros, ligue os pontos, encontre a figura escondida). É importante oferecer à criança hiperativa atividades diversificadas que exijam atenção mas que não a desgaste intelectualmente. Assim, ela terá sempre prazer em executá-las. Essas atividades têm também a função de premiar o aluno por ter terminado o trabalho rotineiro com atenção.
- Atividades que estimulem as quatro operações: somar, subtrair, multiplicar e dividir, todas com desenhos que contextualizem o assunto.

Fontes:
Clube do bebê





QUEM É A CRIANÇA DISLÉXICA E COMO DESENVOLVER UM TRABALHO EFICAZ?

Como podemos ajudar o nosso aluno disléxico a ter uma vida normal junto da igreja?
Essas e outras perguntas podem ser respondidas lendo-se o texto abaixo.




Desde a pré-escola que a criança disléxica apresenta dificuldades para decorar cantigas de rodas, tem dificuldades para amarrar os cadarços dos sapatos ou calçá-los corretamente, também para se vestir sozinho, abotoar a roupa é quase impossível, muitas vezes não sabe o que a mãe lhe pediu para pegar, isto mostra problemas de memória.
Esta criança parece estar perdida no tempo e espaço, confunde-se hoje, amanhã, ontem, direita, esquerda, para cima e para baixo.
Também apresenta dificuldades com a seqüência e parece nunca saber em qual dia, mês ou ano está. Além disso, ao falar é hesitante, muitas vezes perde-se no discurso, enrola-se e não consegue se expressar claramente.
Durante o período que ingressa na alfabetização é que a criança disléxica começa a ir mal na escola e muitas vezes é vista como preguiçosa ou imatura.
No início da alfabetização, aos 7 ou 8 anos, aparecem as trocas de letras visualmente parecidas b/p ou s/z e semelhantes v/f, m/u parecem ser as mesmas, c/g, k/g. Aparecem também as letras e números espelhados, invertendo a seqüência de letras de uma palavra ou omite letras.
Na leitura faz trocas de letras ou adiciona palavras, além de apresentar
letra feia, (disgrafia), apresenta problemas de conduta, auto-estima e variabilidade na produção.
A definição da dislexia para a Associação Brasileira de Dislexia,‘‘é uma dificuldade acentuada que ocorre no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia.Não é uma doença, mas um distúrbio de aprendizagem.Ela torna-se evidente na época da alfabetização, embora mesmo com uma boa instrução, inteligência adequada, oportunidades sócio-cultural e sem distúrbios cognitivos, quando a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia independe das causas intelectuais, emocionais e culturais. É hereditária e ocorre com a maior incidência em meninos’’.
O diagnóstico pode ser feito por meio de Exames de Imagem como:TC

(tomografia Computadorizada), RMF (Ressonância Magnética Funcional); SPECT-(Tomografia por emissão de Fóton Único); PET: (Tomografia por emissão de Pósitron).

As características dos disléxicos são vista quando há maior incidência em canhotos e ambidestros; quando manifesta problemas no processo fonológico e problemas na linguagem oral; além de problemas com a memória de trabalho,sendo esta a dificuldade que permeia a dislexia. O distúrbio afeta de 5 a 15% da população e apresenta-se com maior ou menor intensidade em cada indivíduo, apresentando três graus: leve, moderada e severa.
Há casos de crianças que lêem e não escrevem, elas têm uma resistência maior, sofrem amais.Existe uma corrente que hipotetiza a ortografia como área mais prejudicada pelo disléxico e outra corrente acha que treina a ler,isto é, a leitura é menos prejudicada e escrita é mais difícil (gravar é mais difícil).Existe também a criança que lê muito bem mas não compreende nada (dislexia de compreensão).
O diagnóstico da dislexia é clínico e o tratamento é educacional, o acompanhamento deve ser diário, semanal, mensal, ensinando a criança a ler de outra forma. A dislexia não é tratada com remédios. A compreensão é cientifica. Tem muitos cientistas estudando.
Os tipos de dislexia: a adquirida (afasias, doenças após acidente hemorrágico, meningite, acidente de carro, não é hereditária e a segunda, de desenvolvimento visual (diseidética) e auditiva (disfonética) não decodifica foneticamente, ainda a terceira que é a junção das duas, a mista.As áreas atingidas são: linguagem oral, processamento fonológico, memória de trabalho. Aparece muitas vezes dos 8 aos 10 meses no início da compreensão das palavras e aos 15 meses quando adquire vocabulário expressivo.

O processo fonológico é o uso das informações fonológicas nas estruturas da linguagem, isto é, onde ocorre o armazenamento de fonemas. As habilidades envolvidas: consciência fonológica, exige ritmo e aliteração na identificação de sílabas, manipular fonemas.Quando ocorre a nomeação rápida, ou disnomia, amadurecimento do corpo caloso.Antes dos 7 anos depende do corpo caloso,isto é, o que une, que ajuda a passar informações de um hemisfério para outro.
A memória de trabalho é a organizadora de prioridades.No caso do disléxico é a mais afetada.Ela é importante para aprender a escrever, operar com os números. A memória seqüencial auditiva é responsável pela aprendizagem do alfabeto, músicas, meses do ano, e, no caso do disléxico não decora o alfabeto pois tem dificuldade nesta área. Já a memória seqüencial visual, é utilizada quando se escreve palavra e percebe que as letras seguem uma ordem. Para tratar os disléxicos devem-se procurar atividades que faça associar letras ao som.
A leitura é a interação de diversas vias neurais e depende de estruturas corticais integras, entretanto, o difícil ato de ler requer vários processos neurológicos, psicológicos e sócio-ambientais para ser efetivo. O cérebro tem a capacidade plástica para adaptar-se, por exemplo, quando uma pessoa tem acidente vascular, o cérebro utiliza outra área para realizar a mesma tarefa.
É impressionante que a maioria das pessoas aprendem a ler, uma vez que a leitura exige simultaneamente: atenção dirigida às marcas impressas e controle do movimento dos olhos, reconhecimento dos sons associados com as letras; compreensão das palavras e gramática; construção de idéias e imagens, comparação de idéias novas com as existentes; armazenamento de idéias na memória. Exemplo, na leitura silábica não se acumula informações e ler a palavra é ler pela primeira vez, não tem automoticidade para ler, isto é, lê e não compreende o que leu.
Como lidar com o disléxico: Em primeiro lugar identificar os pontos fracos e as áreas geradoras de problemas, descobrindo o estilo cognitivo predominante e realizar o tratamento.Em segundo, utilizar material concreto, além de papel quadriculado, fazer jogos com premiações e castigos.Utilizar rimas, músicas e repetições, ler em voz alta, fazer com que a criança leia em voz alta, a pratique a visualização dos problemas,use desenhos. Não complicar visualmente. É indispensável permitir o tempo para fazer exercícios.Usar cartões com linguagem usada na aula.Prestar atenção não apenas no resultado, mas no processo utilizado.Observe os acertos e não somente os erros, como o aluno chega aos resultados.
Conclui-se que existem pessoas nos dois extremos dos estilos; isto é, muitas pessoas podem usar dois estilos ao mesmo tempo.O estilo escolhido depende da dificuldade e tipo de questão.A estratégia compensatória utilizada vai depender do tipo de estilo dominante.Cada estilo é ligado a um hemisfério cerebral. Há mais minhocas que grilos.No hemisfério esquerdo domina a maioria das pessoas. As minhocas com memória deficiente são as que mais sofrem com a matemática.E as minhocas utilizam o hemisfério esquerdo. Se aceitarmos as hipóteses da dominância do hemisfério direito no cérebro disléxico, chega-se à conclusão de que uns grandes números de disléxicos são grilos.Os grilos são prejudicados no sistema de ensino por não documentarem seus processos, é necessário ensiná-los isto. Alguns exercícios favorecem a um ou outro estilo.Ter um estilo dominante não significa necessariamente que a criança tenha sucesso no uso.

‘‘Para o disléxico o difícil é fácil e o fácil é difícil’’.


Fonte: http://www.psicopedagogia.com.br/



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