terça-feira, 29 de maio de 2012


"Educa a criança no caminho que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele." Pv 22:6


Acho que todo pai e toda mãe teme a chegada da adolescência, mas creio que muitos problemas poderiam ser evitados se algumas atitudes fossem tomadas logo nos primeiros anos de vida. Conversei esses dias com uma prima que tem dois filhos adolescentes, um de 16 e outro de 18. Ela me disse que a relação entre eles é ótima! Conversam com os pais sobre tudo, saem juntos e são super transparentes, além de existir muito respeito de ambas as partes. Ela não é a primeira mãe que me fala isso. Meus tios, por exemplo, também tiveram essa experiência. Temos um casal de amigos que curtiu muito a fase de adolescência dos filhos, que hoje já são adultos.

Aí eu me pergunto: Porque para alguns é tão fácil e para outros tão difícil? É claro que não consegui conter a minha curiosidade e fui pesquisar, além de perguntar para essas três famílias como foi a relação com os filhos durante a infância. Juntei todas essas informações e fiz um resumão. Vou tentar ser breve...rs.

Se você quer ter uma boa relação com seu filho adolescente e evitar grandes problemas, a hora de começar é agora! Não espere que a adolescência chegue para ler sobre o assunto, procurar um psicólogo ou sair por aí arrancando os cabelos. Aproveite enquanto seu filho é pequeno e o canal para as influências formativas ainda está aberto. Exerça sua autoridade e seja amigo dele agora!


Vou ser mais objetiva:
Quando seu filho chegar da escola te contando alguma novidade, pare o que estiver fazendo (se for possível), olhe nos olhos dele e mostre total interesse. Se ele vier te mostrar um castelo de pecinhas que montou, faça da mesma forma. Separe um tempo por dia pra bater um papo com ele, mesmo que o assunto seja desenho animado. Mostre interesse pelo que fala e principalmente por seus sentimentos. Quando ele parecer triste ou chateado, diga algo do tipo: "Filho, estou percebendo que você está triste... aconteceu alguma coisa? Gostaria de me contar?". Se ele não quiser falar naquela hora, respeite-o, deixe para outro momento.

Acessos de raiva são super comuns em crianças. Algumas se jogam no chão, outras choram, gritam... A minha mais velha costuma cruzar os braços e chorar quando está com raiva. Não reprima este sentimento de modo algum! Não é errado sentir raiva. A Bíblia diz: "Irai-vos, mas não pequeis" Ef 4:26. Neste momento, mostre a seu filho que você o compreende e que os adultos também sentem raiva! Peça para ele te contar o que o levou a se sentir assim. Explique que não é errado sentir raiva, o erro está em fazer mal aos outros por causa dela, como machucar fisicamente ou através de palavras.

Outra coisa importantíssima: Não esconda seus sentimentos! Se tiver que chorar, chore! Se tiver que gritar, grite! Se seu filho presenciar algum desses momentos, explique a ele que está muito triste, sentindo muita raiva ou explodindo de alegria! Mas como diz o texto bíblico acima, ire-se, mas não peque. Não esqueça que a criança aprende muito mais olhando o que fazemos do que ouvindo o que falamos. Se você sentir raiva de um vendedor e por causa disso ofendê-lo ou humilhá-lo, seu filho entenderá que esta é a maneira certa de agir. Caso fique chateada com seu esposo e sem querer fale: "Seu pai é um saco, ele não vale nada!". Seu filho vai se sentir no direito de fazer a mesma coisa. Se você costuma agir dessa maneira, seja sincero com ele, mostre que errou e está disposto a mudar. Esta atitude de honestidade contará positivamente na relação de vocês.

Não minta para o seu filho e nem para ninguém. Muitos pais costumam dizer quando alguma pessoa indesejada liga: "Fala pra ela que eu não estou!". Algumas esposas costumam falar para seus filhos: "Não conte para seu pai que comprei essa roupa!". Se não quer que seu filho minta para você, mostre a ele que este tipo de atitude é repugnante, principalmente pra Deus! Se for necessário, peça perdão a seu filho por ter agido assim algumas vezes, mostre-se arrependido. Quer exemplo maior do que este?

E última dica: Façam programas em família, saiam juntos, conversem, dêem risada de tudo e de todos! Crianças que fazem refeições diariamente com a família, têm pouquíssimas chances de se tornar um adolescente problemático, dizem as pesquisas. Se interesse pela vida do seu filho, participe de todos os programas escolares. Converse com ele, mostre-se disposto a dialogar, conte histórias sobre a sua infância... Mas que isso vire rotina! Não pense que fazendo uma vez ou outra vai resolver, porque não vai.

Agora, se você já estiver enfrentando problemas com filhos na adolescência, o processo vai ser um pouco mais difícil e demorado, mas havendo um coração disposto e aberto, com a ajuda de Deus e muita oração, dá para resolver! Procure leituras específicas para esta idade, converse com outros pais que estão passando por este problema, tente mostrar a seu filho que deseja ter uma boa relação com ele... Ouvi uma vez uma frase que me marcou: "Não fale de Deus para o seu filho, mas fale do seu filho para Deus". Nesta fase, os jovens sentem muita raiva quando os pais ficam falando no ouvido, enchendo-os de sermões. Fale somente o necessário, demostre seu amor e mostre-se aberto ao diálogo e... fale do seu filho para Deus!

Minha mãe passou uma barra com a gente na adolescência. Eu era mais "come quieto", fazia as coisas escondido, já minha irmã, resolveu expôr toda a sua rebeldia. Chegou a colocar em risco a própria vida, e digo que ela só não morreu porque minha mãe ajoelhou e orou por ela todos os dias dessa longa fase. Tenho certeza que foi o Senhor Jesus nos salvou e mudou a nossa sorte!

Indico aqui ótimas leituras, todas da Editora Mundo Cristão: 



As 5 linguagens do amor para os adolescentes - Gary Chapman; A batalha de todo adolescente e A batalha de toda adolescente - Stephen Arterburn.

Por hoje é só pessoal!
http://www.vidademaedani.blogspot.com.br 

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