terça-feira, 1 de maio de 2012


“Pois tenho pra mim que as aflições deste presente tempo não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rom.8.18)

Todo ser humano já experimentou aflição. É como se o coração não coubesse no peito e, por isso, palpita agitado batendo contra os ossos querendo explodir. É como se algo crescesse dentro de nós exigindo uma resposta que não está disponível. É como se o sangue necessitasse sair pelos poros em busca de alívio, trazendo para fora uma dor que não é sentida na pele, mas é profundamente real.
Uma idéia fixa domina o pensamento sugando as energias. Ela é ingerida na hora das refeições, mas não é digerida pelo estômago. É levada à cama na hora do descanso, mas o travesseiro parece agitado. E testada em caminhadas que visam cansá-la, mas a cada passo dado se revigora dominando o corpo. Ela se torna o centro da existência, deixando-nos sem saber se somos mortos-vivos ou vivos-mortos.

Desiludido, o portador da aflição insiste em encontrar uma saída, uma válvula de escape, mas, tudo que vê diante de si é um beco sem saída. Seus sentimentos, de tão machucados, transformam até mesmo uma possível luz do fim do túnel numa locomotiva em sentido contrário.

"A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres". (Jesus, em Mt. 26.38)
O estado da alma é de vigília. A tristeza predomina. A solidão nos atormenta, mas nos afastamos da presença alheia. A cabeça se inclina. O chão nos atrai, mesmo sem ser o destino preferido. A vontade própria desaparece.
“Depois, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo”. (Mt. 26.40)
Quando nem mesmo os amigos são capazes de manter a solidariedade por não sentirem a dor que sentimos, nem entenderem a causa do nosso tormento, resta-nos o criador, o doador da vida, esperança de solução.
“O Senhor é refúgio para os oprimidos, uma torre segura na hora da adversidade. É o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.” (Salmos 9.9; 46.1)


Na aflição colocamos o rosto em terra, mas os pensamentos são dirigidos ao altíssimo. Em oração, a força de vontade se desfalece, mas não desaparece, apenas é transferida àquele que é soberano.
“Faça-se a tua vontade” (Mt. 26.39)
Colocando a angústia diante do Senhor, recuperamos a esperança, a confiança e as energias, essenciais para enxergarmos saídas que nos libertem do sentimento de opressão que domina nosso ser.


“Na oração encontro calma, na oração encontro paz.
Orar a Deus faz bem à alma, falar com Deus me satisfaz.
Falar com Deus que privilégio, abrir a alma ao Criador.
Sentir que os céus estão abertos e ouvir a voz do Salvador.
Falar com Deus é o que preciso, pois Ele é fonte de poder.
Só nEle a vida faz sentido, pois me dá forças pra viver.
Grande é o nosso Deus e as obras que Ele faz.
“O seu amor não tem limites, em seu perdão encontro paz.”

"Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo".(Jesus, em João 16.33)

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