terça-feira, 29 de maio de 2012

COMO FAZER MEU FILHO DORMIR NO HORÁRIO CERTO E NA CAMA DELE?


Sim, crianças precisam de rotina! Sim, crianças precisam de horário pra dormir! Sim, crianças precisam dormir no lugar certo, ou seja, na cama delas! E estas não são afirmações minhas (apesar de eu sempre ter acreditado nisso), mas sim de especialistas no assunto. Como sempre, antes de escrever, fiz uma boa pesquisa, misturei com a minha experiência e este texto é o resultado de tudo isso. Mamães e papais, absorvam essas informações, coloquem em prática e apreciem os resultados!


Porque crianças precisam de rotina? Para que se sintam seguras. Crianças seguras se desenvolvem muito melhor física e emocionalmente. Saber o que estar por vir traz tranquilidade e isto conta positivamente em seu crescimento. Isso explica o porquê das crianças insistirem em assistir o mesmo desenho dezenas de vezes. É muito importante que pelo menos de segunda a sexta a criança tenha horários definidos para todas as atividades do dia. Aos finais de semana, pode-se dar um desconto, mas é recomendado que a mudança não seja drástica. Uma criança que costuma dormir as 22h não deve ir dormir há 01h da manhã, por exemplo, dizem os especialistas.


É muito importante também que as crianças tenham uma rotina para o sono, para que entendam que a hora de dormir está chegando e tenham uma noite mais tranquila (importante: dormir a noite toda sem interrupções não significa necessariamente que o sono tenha sido reparador). Quando começa a escurecer, os níveis de melatonina, hormônio que funciona como um gatilho para o sono, estão em sua maior concentração. Aqui em casa, o ritual começa por volta das 20h. O ritmo da casa fica mais lento, as brincadeiras agitadas mudam para brincadeiras mais calmas, como desenhos, joguinhos ou quebra-cabeças. Quando chega perto das 21h, eles tomam o leite assistindo desenho num som mais baixo. Depois disso, é hora de colocar o pijama, fazer xixi, escovar os dentes e ir para cama. Antes de dormir, o papai conta uma história, faz oração e a mamãe canta 2 musiquinhas. Pronto, é só dar um beijinho de boa noite, sair do quarto e em pouco tempo eles estão dormindo. Todos os dias são assim, com raras excessões. Muitos pais não dão importância ao ritual de desaceleração e depois não compreendem porque o filho demora a dormir.


Claro que nem sempre é tudo perfeito. Assim como todas as crianças, eles tentam de todas as maneiras prolongar este momento, pedindo água ou tentando contar alguma coisa interessante que aconteceu no decorrer do dia. A minha mais velha, por exemplo, sempre sisma que todo o seu corpo está coçando e que precisa de pomada. O caçula já descobriu esse truque e faz a mesma coisa, além de tentar amolecer nossos corações com frases do tipo: "Mamãe, eu amo muito ocê, boa noite, não "secha" a "poita", hein?" Ele fala isso umas 15 vezes, e dá uma vontade louca de entrar lá e enchê-lo de beijos....rs. Confesso que muitas vezes não resisto, mas no geral permanecemos firmes, pois é assim que deve ser. Se você ceder a todos os pedidos que seus filhos fazem antes de dormir, vai entrar no jogo deles e a rotina vai por água abaixo!


Dormir é fundamental. Restaura as energias e aumenta a capacidade de aprendizado. Além disso, é durante o sono que o corpo produz o hormônio do crescimento. Razões mais do que suficientes para que se respeite a quantidade de horas de sono diária? Com certeza. Mas, na prática, nem sempre isso acontece. Os pais estão chegando do trabalho cada vez mais tarde, o que acaba espremendo o horário do sono das crianças, que têm agendas cheias e hora para acordar. As crianças não costumam deixar de lado a brincadeira e entrar na cama espontaneamente quando estão cansadas. Cabe aos pais impor as regras, observando sinais de cansaço como coçar os olhos, a orelha, irritação e olhar para o vazio.

E como saber se o seu filho está dormindo o suficiente? Segundo os especialistas, um recém-nascido dorme em média de 16 a 19 horas por dia. Entre 2 e 3 meses, o bebê dorme de 13 a 15 horas (cerca de cinco horas durante o dia e o restante à noite). Dos 6 aos 12 meses, o tempo de sono gira em torno de 12 a 14 horas e passa para 10 a 12 horas entre 1 e 6 anos. São padrões calculados a partir da média da população, pois a necessidade de sono varia de acordo com a criança. Os pais precisam ficar atentos. Irritação, agressividade, choro por qualquer coisa, declínio no desempenho escolar podem ser sinais de falta de sono. 

E não basta dormir o número de horas indicado. Também é preciso ir para a cama na hora certa. "Há crianças que ficam acordadas até a meia-noite. Isso é um absurdo", diz o neurologista Israel Roitman, do hospital Albert Einstein. Evidências científicas ligam a falta de sono a um maior risco de obesidade, diabete, doenças cardiovasculares e infecções. A maneira mais fácil de perceber se a criança está dormindo pouco é observar como ela acorda. Cansada, ela reluta a sair da cama. Na primeira oportunidade que tem, ela encosta e dorme. Isso ocorre muito no trajeto da casa à escola, dentro do carro. Essas crianças podem ficar hiperativas e ter dificuldade de concentração. Também costumam ficar irritadiças, agitadas demais e até agressivas. Dormir mais horas no final de semana do que nos outros dias também pode indicar que a criança está tentando fazer uma compensação.

Se a criança vai dormir tarde para ficar com os pais e não compensa o sono pela manhã porque tem de acordar cedo, o ideal é fazer o possível para que essas horas sejam compensadas durante o dia. Funciona bem até uns 3 ou 4 anos, apesar de que há casos de crianças que dormem à tarde até os 6 anos (minha mais velha que hoje tem 5 anos, ainda dorme a tarde, pois acorda muito cedo pra ir a escola). Quando eles crescem e não querem mais dormir à tarde, não há jeito: ou têm de dormir mais cedo ou acordar mais tarde. Crianças que seguem os horários dos adultos e dormem pouco correm o risco de ter sérios problemas de desenvolvimento, dizem especialistas. Isso ocorre porque o hormônio do crescimento é liberado nas fases mais profundas do sono. Quem tem sono ruim, na quantidade ou na qualidade, tende a ter déficit de crescimento.

Outro problema que acaba com o sono de todos na casa são as crianças que acordam a noite toda. A maioria desses casos tem origem no adormecer incorreto. Pais que ensinam o bebê a dormir no colo, no carrinho, com mamadeira criam uma muleta. A situação se complica porque há várias fases do sono durante a noite. Quando a criança passa de uma para outra, o sono fica mais leve e ela pode despertar e precisar da ajuda dos pais para reiniciar o sono. O ideal é que esse aprendizado comece o mais cedo possível .Ensine o bebê a dormir sozinho no berço (veja como neste link). E não é só a quantidade do sono que importa, conta também a qualidade. Certos distúrbios podem deixar marcas, como defeitos permanentes no cérebro pela morte dos neurônios. Crianças que sofrem de apnéia, problema respiratório que prejudica a oxigenação e cujo sinal mais evidente é o ronco, podem dormir a noite inteira, mas sem passar por todos os estágios do sono importantes para o desenvolvimento.

Fazer com que o filho durma bem e a noite inteira é uma das tarefas mais difíceis que pais e mães enfrentam, porque não se trata de fazer a criança dormir, e sim ensiná-la que dormir é bom e gostoso, e que ela é capaz de adormecer sozinha, sem a ajuda de ninguém. A seguir, estão os seis maiores erros que os pais cometem ao colocar a criança na cama. Mas a boa notícia é que todos esses problemas são solucionáveis. 

Basta algumas pequenas mudanças na rotina e muita força de vontade:

1 - Colocar a criança pra dormir muito tarde - Quando elas ficam cansadas demais, têm mais dificuldade de pegar no sono e de dormir um sono tranquilo, além de ficarem hiperativas e acordarem mais cedo. Solução: Marque uma hora para a criança ir para a cama (e também para o sono de durante o dia) e siga esse horário. Não espere até ver seu filho bocejando, choramingando ou esfregando os olhos. Aí provavelmente ele já passou do ponto. Coloque-o na cama antes disso. Até 15 ou 20 minutos de sono a mais podem fazer uma bela diferença. 

2 - Apelar para o movimento - Quando a criança sempre dorme em movimento, em carrinhos ou no carro, ela não chega a ter aquele sono mais profundo e restaurador, diz o pediatra Marc Weissbluth, também autor de um livro sobre o assunto ("Healthy sleep habits, happy child"). Solução: Use o movimento e o balanço para acalmar a criança, mas não para fazê-la dormir.

3 -Excesso de estímulos - Cuidado com sons altos e cores muito intensas. Para crianças maiores, é bom tirar o excesso de brinquedos da cama ou do berço. Solução: Mantenha o quarto bem escuro à noite, e elimine tudo o que chame a atenção da criança na hora de dormir. Para bebês, numa escala de 1 a 10, sendo 10 o mais escuro, o quarto deve estar no 8 ou no 9. Para crianças mais velhas, é possível manter uma luz no quarto, para afastar os medos, mas que não seja suficiente para outras brincadeiras. Por isso também é importante não manter a TV ou o computador no quarto da criança. 

4 - Não seguir um ritual na hora de dormir - Com um bebê, é mais fácil seguir a mesma rotina todo dia: um banho, alimentação, uma história ou uma música. Mesmo que você ache que a criança ainda não entenda, a previsibilidade da rotina ajuda a acalmá-la. Muitas vezes, os pais acabam abandonando esse tipo de rotina quando os filhos ficam maiorzinhos (ou porque acham que a criança não precisa mais ou porque simplesmente estão exaustos demais para pensar nisso, o que é um grande erro!). Solução: Crie um ritual para a hora de dormir e siga-o sempre. Não importa a idade da criança. O ritual ajuda a dar "pistas" a ela de que é hora de começar a sossegar. 

5 - Fazer as coisas cada dia de um jeito - Alguns dias por semana, quando seu filho está bem manhoso, você se deita com ele até ele adormecer. Outros, deixa que ele pegue no sono no sofá da sala, assistindo à TV. E de vez em quando, obriga-o a dormir sozinho no quarto, reclame o quanto reclamar. O problema não é o método, mas a inconstância. Nesse caso, a mensagem que você está passando para o seu filho é: insista bastante, que você vai acabar conseguindo o que quer. Solução: Crie (e siga!) regras sobre o horário e o lugar de dormir. Se você não quer que seu filho vá todo dia para sua cama, deixe isso bem claro. Explique que ele tem de dormir na cama dele. No começo, talvez você precise levá-lo de volta algumas vezes (ou muitas!). Mas não desista. Ele vai acabar absorvendo a regra. É claro que há exceções. Se ele está doente, ou há uma tempestade lá fora, você pode deixá-lo ficar um pouco na sua cama, ou num colchão no seu quarto. Mas, assim que a situação extraordinária acabar, retome a rotina e explique que ele tem de dormir na cama dele. 

6 - Passar do berço para cama antes da hora - Há muitas crianças que, até os 3 anos, ainda não estão prontas para deixar a segurança do berço para trás. E não há problema nenhum nisto! Solução: Espere até a criança estar pronta ou volte atrás e traga o berço de volta. Isso não é uma tragédia. Por mais que adore o berço, não há nenhuma chance de ele ficar até os 10 anos nele...rs.

Ufa, acho que é só...rs. Desejo a todos uma boa noite e bom sonhos!

Fontes de pesquisa: Revista Crescer, Super Infância - Psicologia Infantil e Baby Center.

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