segunda-feira, 28 de maio de 2012



"Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu" (Rm 12:3). 

Atualmente, o conceito do autoconhecimento tem sido explorado numa perspectiva da auto-suficiência humana e até mesmo de sua suposta divindade interior. Livros e palestras de auto-ajuda têm enfatizado a importância de cultivarmos uma auto-imagem positiva de nós mesmos, não permitindo que pensamentos auto-limitadores cerceiem nossos sonhos pessoais. 
O autoconhecimento, na perspectiva bíblica, é diferente. Precisamos ter uma visão realista de quem nós somos. Nem para mais, nem para menos, mas uma exata percepção da nossa identidade e nossa condição. O conceito que temos de nós mesmos define nossos valores, atitudes, comportamentos, prioridades e escolhas. Quando pensamos ser mais do que realmente somos, caminhamos numa estrada ilusória. Olhar no espelho com honestidade por ser doloroso e difícil. Da mesma forma como alguém sente-se magro, mas quando vai para a balança vê a crua realidade de sua obesidade, nós também precisamos reconhecer os fatos. 
Para cultivamos um autoconceito sadio, nada pode substituir um relacionamento autêntico com Deus. Quando contemplamos a glória de Deus, nos encontramos conosco mesmos. O profeta Isaías viu a glória de Deus (Is 6) e descobriu a sua própria condição de pecado. Ver a glória de Deus é um choque de realidade. O que estava oculto é revelado. As aparências dão lugar aos fatos. Então, estamos prontos a reconhecer onde estamos e para onde devemos ir, em nosso crescimento espiritual. 
Deus mesmo concede uma medida de fé para caminharmos de forma equilibrada. De fato, é preciso fé para destruir os ídolos de auto-imagens distorcidas e aceitar humildade aquilo que realmente somos diante de Deus. Somente assim estamos prontos a reconhecer nossos erros e buscar nosso aperfeiçoamento. Quando exercitamos a fé que Deus nos deu, não ficamos tão preocupados conosco mesmos, mas com a vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável. Assim, prosseguimos obedecendo a Deus e usando todos os nossos dons e habilidades para a sua glória e para o bem das pessoas. 

Postado por Jorge Noda

Nenhum comentário:

Postar um comentário